segunda-feira, 30 de abril de 2012

" Saudade é o amor que fica! "

Tarefa difícil esta que me propus hoje: escrever um pouco sobre SAUDADE! 
O que dizer de SAUDADE? A começar pela significação linguística, morfológica, sabemos ser SAUDADE um substantivo abstrato... Abstrato é tudo aquilo que não se consegue pegar - lembro de ouvir isso de alguma professora lá da infância, dos primeiros anos de aprendizado da língua portuguesa! 
É, se pensarmos especificamente em SAUDADE, a definição é válida sim! Quantas vezes quis pegar a "danada" e tirar de dentro de mim? Ai meu Deus se tivesse a fórmula, teria atravessado menos noites sem fim... Pegar a SAUDADE, jogar fora a SAUDADE, acabar de vez com a SAUDADE, enterrar a SAUDADE! Impossível, enfim. E quando é essa "malvada", essa que dói e que faz um "buraco" no coração, que aperta e "dá um nó na garganta", que "sufoca" e faz chorar, essa não dá saudade de senti-la não...
Mas, como tudo na vida, existe o outro lado, o lado "gostoso" da SAUDADE -  não menos abstrato, tampouco menos sentido - o que nos preenche ao invés de subtrair, o que nos enche de esperança, no lugar da  insônia ou da melancolia, o que é pura nostalgia! Existe algo mais prazeroso que lembrar da pessoa amada (ao tê-la longe), mas saber que ela vai voltar? Há na vida sentimento mais profundo que ver o filho partindo "pro mundo"( quando é chegado o momento de desvendá-lo) e ficar esperando ansiosamente o dia mais feliz da sua volta? Não! Momentos existem que não podemos definir, a não ser com SAUDADE, muita SAUDADE!
A SAUDADE é tão nossa, algo tão sentido e "vivido à flor da pele" entre nós, brasileiros - somos só sentimentos, vivemos!!! - que dizem não ter a significação da palavra SAUDADE noutra língua; apenas na nossa, língua pátria portuguesa. Acho até muito bonitinho quando expressam, em inglês, sentir a "falta de alguém": "I MISS YOU!". Mas, verdade seja dita, ou melhor, escrita: quando você está longe e eu sinto a sua falta e bate aquela coisa que até machuca por dentro - ai, como dói: "NOSSA QUE SAUDADE DE VOCÊ!"... Não há nada que explique, não há presente que justifique, não há coração que não grita, porque "SAUDADE É O AMOR QUE FICA!"


(Cau Fagundes, num momento de muita SAUDADE!)
                      (...quando a saudade não cabe no peito transborda nos olhos...)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

"AYRES DE BRITTO: moralidade, probidade e, ainda, misticismo e poesia na condução do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL!"

Eleito no último dia 14 de março, presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto trata-se de um dos juristas mais respeitados e de características mais progressistas a assumir o comando do Tribunal.
Ao tomar posse, na quinta-feira, 19 de abril (Dia do Índio), o clima no Superior Tribunal Federal era um clima de brigas, de “tempestade” – talvez pela manifestação das “tribos” que se opõem no interior do  tribunal – o oposto do que se espera dentro da “Corte Máxima da Justiça Brasileira”, do “Órgão Guardião da Constituição”, por isso mesmo competente para acordar e decidir em consenso e unanimidade, não o contrário!
Os opositores em questão eram o agora ex-presidente do STF, Cezar Peluso  e o ministro Joaquim Barbosa. O primeiro declarou à imprensa que o colega era “inseguro” e que “tinha temperamento difícil”, entre outras coisas. O ministro respondeu em entrevista pública, dizendo ser o ex-presidente “imperial”, “tirânico”, “corporativo”, “brega” e “caipira” e completou dizendo que Peluso “não hesitava em violar as normas para impor à força a sua vontade”.
Foi em meio a pedidos de desculpas de ambos os lados que Ayres Britto tomou o seu lugar e fez seu discurso de posse. Poeta, membro da Academia Sergipana de Letras, fala mansa (no sentido de “não impertinente”), mas sotaque carregado da sua terra natal, iniciou citando o poeta T. S. Eliot: “Eu disse à minha alma: fica tranqüila e espera, até que as trevas sejam luz e a quietude seja dança”...
Britto será presidente do STF por um período de sete meses. Nesse período, elencou como metas o julgamento do caso Mensalão e um pacto pelo cumprimento da Constituição.

O novo presidente conduzirá a corte durante as sessões que definirão, ou não, a polêmica na qual se encontra a política do Brasil com relação ao escândalo do “Mensalão”, que envolve não menos que 36 réus, todos acusados de participarem do esquema de desvio de dinheiro público e compra de apoio político, tudo ardilosamente arquitetado e executado pelo PT no comando do governo Lula.  
Ainda sobre o Mensalão, Britto pretende realizar uma formatação de sessões diferenciadas - sessões extras pela manhã ou prolongamento das sessões pela noite - Como isso será feito, ainda não está definido. O temor do ministro é que alguns crimes prescrevam. Além disso, ele sabe que o julgamento pode perder ritmo se for realizado no segundo semestre, quando as atenções estarão voltadas para os casos ligados à Justiça Eleitoral.

Sobre o pacto pró-Constituição, o ministro-presidente classificou como “desvio da Constituição” ligações de políticos com bicheiros ou contraventores, como os que serão investigados no Congresso pela chamada “CPI do Cachoeira”. Hoje, pelo menos três deputados federais, dois governadores e um senador foram citados como tendo envolvimento com o empresário de jogos de azar, Carlinhos Cachoeira.

No dia da sua posse, o sol brilhava majestoso no céu de Brasília; majestosa também era a “apresentação” de Ayres Britto, ao enfatizar que moralidade pública e probidade administrativa são princípios basilares da República. Isso nós sabemos! O que esperamos de fato é que seu espírito místico e poético seja algo que pese a favor da harmonia, da sabedoria, da leveza na temperança dentro do tribunal. Que o seu espírito lúdico seja conciliatório e agregador e que a ordem, tão necessária ao cumprimento dos deveres daqueles homens de togas pretas, seja restabelecida com a serenidade e a brancura da justiça dos homens de Deus.

Conheça o pensamento vivo de Ayres Britto em sua própria voz, assistindo alguns dos curtíssimos filmetes  produzidos pela TV Justiça: 
A condição feminina


O Torturador


A Eleição: Festa da Democracia


Hipocrisia: Homenagem do Vício à Virtude


                                                                          Fontes: IG online e Revista Veja (25-04-12)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Uma homenagem a uma princesinha muito especial!


Era uma vez uma princesinha muito linda e inteligente que se tornou personagem de um pequeno conto de fadas... é esta historinha que vou contar agora!
Ela era branquinha como a neve, mas não era a Branca de Neve. Tinha cabelos dourados, mas não era a Cachinho de Ouros. Tinha  aquele corpinho de cintura fina e bem delineado como toda princesa famosa tem, mas também não era a Cinderela, nem a Bela, muito menos a Bela Adormecida, porque quando acordava não deixava ninguém mais dormir – tagarelava, tagarelava, tagarelava sem parar!
Essa princesinha não era dessas princesas dos Contos de Fadas mais antigos não. Ela era muito moderninha e gostava de programas especiais da TV - que princesas daquela época só pensam em príncipes encantados e não têm tempo de ver...
Ah, mas a grande diferença mesmo é que ela era muito curiosa e “um pouco teimosa” , como toda menina  que quer sempre aprender mais. Ela queria saber de TUDINHO e então não dava sossego não: além de perguntar tudo, a cada minuto, assistia a todos os programas da Nick, daqueles mais cheios de “histórias interativas”; ficava mergulhada naquele “mundo de aventuras”, sem piscar os olhinhos – aqueles olhinhos que desejavam conquistar o mundo!  Até aulas de Inglês ela pediu à mãe pra fazer, pois já se imaginava, quando fosse maiorzinha, no mundo mágico da Disney - era um sonho desde menininha assim... E me dizia ainda, que deixaria os cabelos crescer e que iria pintá-los de cor de rosa, e puxar os olhinhos, assim: e me mostrava com as mãozinhas, pra ficar igual uma japonezinha que ela viu em algum lugar , não me lembro mais onde...
Gente, eu poderia falar horas e horas dessa princesinha, mas é que quero que essa historinha chegue aos ouvidos dela, ainda acordada... é que hoje ela faz 06 aninhos! O nome dela é Maria Clara, nome de princesa mesmo, não é? A mamãe dela é rainha de verdade, sabiam? É, ela já foi coroada e tudo pelos alunos lá da PUC que sempre a homenageiam por ser tão professora-rainha, ou tão rainha-professora! Não sei. Só sei que filha de Rainha, Princesa é! E a Maria Clara vai seguindo o caminho de majestade da mamãe. Ela já tem um irmãozinho, o Pedro, um príncipe também. E agora, vem o Matheus, que vai nascer agorinha mesmo, pra encantar ainda mais o reino de felicidade dessa pequena princesa! Todos que a amam muito, chamam-na carinhosamente de Cacá. Eu também falo Cacá, Cacazinha, mas tem um segredinho que é só nosso: eu a chamo de minha “Xibiquinha” – e eu sei que ela adora, porque se existe uma menina doce, afetuosa e amorosa, é a minha “ Princesa Xibica “ – minha “Xibiquinha!”


Maria Clara, minha querida, que Deus te faça sempre assim, uma princesa criativa, diferente e especial – dessas que não existe em nenhum conto de fadas já escrito! E que seu Mundo seja sempre um Mundo Encantado, pintado de cor de rosa e de todas as cores que você quiser pintar, pra fazê-lo mágico!
Amo você minha xibiquinha!!!!
Um beijo no coração,
Da Cau.

sábado, 21 de abril de 2012

"Procurando Mário Quintana" - em verso e em prosa e muito ansiosa!

 Alegrete, RS. Cidade do homenageado e personagem principal dessa história, o famoso escritor Mário Quintana. Certamente uma viagem inesquecível! Cidade campeira do gaúcho tradicional: bombachas, botas, lenço no pescoço, poncho e chapéu. Combinação ímpar de belezas naturais, riqueza e cultura. Museus, praças, igrejas, harmonia do homem do campo e o da cidade. E foi naquele cenário que tudo aconteceu...

"Moço, moço, vi que o Sr. Mário passou por aqui e conversou com o senhor... percebeu se ele desceu por ali mesmo?"... "E o garçom, nem esperou resposta, me puxou pela mão: "por aqui, Senhora"... "Esta hora é hora sagrada para o Mestre e na certa está em casa!"... "E eu correndo e pensando - "hora sagrada", "terremoto da alma", "fim de mundo" - seriam todas profecias?"... "É ali senhora, aquela casa, a branca de janela azul aberta...é aquela ali!"... "Se puder me dê notícias do Mestre, o João ficou lá e não é o melhor dono de botequim..." "Muito obrigada seu garçom, seu nome é..." ...
"Joaquim". Completou ele, já virando a esquina da praça - Que praça linda: um coreto, pombos ao redor de um pipoqueiro e a igreja, claro, uma das muitas da cidade, imponente; o sino confirmava o meio do dia - "Só desci a ladeirinha e qual surpresa minha, o distinto "poeta" - quase confidente meu agora - se acomodava numa cadeira na calçada em frente à casa..."
"Fui chegando de mansinho... Acompanhado da sua bengala, estava mais sério e compenetrado; quem sabe pela "relativa felicidade" expressa no bilhete, ou pela tal "paz ilusória"... Vi que olhava bem além do que se pode enxergar de fato...( Preciso criar o hábito de andar com uma boa máquina fotográfica na bolsa. Há momentos que são inenarráveis, indescritíveis e imensuráveis! Fica a foto que diz tudo!!! ).
"Sr. Mário, não queria interromper sua hora sagrada, mas não é por acaso que estou aqui... e entreguei-lhe o papel - como se em minhas mãos estivesse sua vida inteira - o Sr. deixou cair..." Vamos entrar, minha senhora, está trêmula e assustada, vou pedir-lhe um copo d'água"... " Imagina, não quero aborrecê-lo, é hora da sesta, não é?"... "Jacira, um copo d'água por gentileza, a senhora veio em missão de nobreza!" ... "Escrevi outro dia mesmo, na certa usava este mesmo velho paletó. Não tinha dado por falta, está escrito aqui também, dentro da alma..."... "Mas, Sr. Mário, como posso dizer... se é uma CONFISSÃO e o Sr. diz certas coisas, ou melhor, escreve, é porque há de acontecer e estou aqui por esse motivo"... "O Sr. está sentindo alguma coisa? Este terremoto da alma que pressente que vai ter, sente algum sintoma que o leva a crer........ "Calma, minha senhora, já visitei o padre e já consultei o médico; estou bem olhado em matéria de corpo e espírito. É que aos poetas cabe fazer das vivências histórias, e escrever bonito, só isso!"... " Ah, bom! Mas é que está escrito CONFISSÃO, veio daí toda minha preocupação..." ... "Confissão é o que se faz com o tempo, quando já não se tem com quem compartilhar...Agradeço, enfim, sua nobre preocupação."... "Tenho aprendido com o tempo, Sr. Mário, e o tempo foi que me trouxe aqui... O Sr. não imagina o significado do dia de hoje no meu presente; que o passado foi-se e não mais me pertence, mas o futuro vou levar pra casa, com tudo que aqui vivi, e construí-lo no meu tempo."

O tempo
(Mário Quintana)
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Continuação do "momento inesquecível" com Quintana...

"É claro que antes que ele levantasse e fosse embora consegui tirar uma foto (com meu celular), ainda na mesa do bar, enquanto se comunicava com o garçom - não sei se percebeu algo - se aconteceu, fez que nada tinha acontecido e apenas prolongou um sorriso, meio ressabiado, mas tranquilo... Gente muito fina esse Mário!"


Enfim, foi-se embora mesmo; seguiu devagar, parecia conversar baixinho; ora ou outra acenava para algum cidadão, polidamente. Fiquei olhando "fixadamente", até que ele dobrou a esquina lá embaixo, no passo marcado e amparado pela velha bengala... "A senhora deseja mais alguma coisa?"... A voz firme e grave interrompeu meu momento "cabeça nas nuvens" e me fez aterrissar olhando o relógio na parede bem à frente. Já passava das 11h. O sol quase de meio-dia adentrava o recinto e me alertava que já não era possível continuar sentada ali. Levantei pra ir ao banheiro e tomar meu rumo também... O João, coitado, totalmente embriagado... me apontava algo - "Ai Jesus, o que o pobre quer; delírios de um boêmio?" E continuava a me mostrar algo: "o papel ...o mestre... lá... caiu o papel ... o mestre ... caiu no chão"...  Olhei ao redor da mesa, tentando entender a "língua agramatical de um pobre bêbado" e lá estava : 


"Seu garçom, por favor, me ajude! O Sr. Mário, ao sair deixou cair este papel...O senhor precisa me ajudar, onde posso encontrá-lo? Se tem conta aqui no bar, deve morar por perto... decerto que ainda está a passar por um lugar ou outro..." Mas minha senhora, não precisa ficar tão aflita! É apenas um papel amarelado, com certeza algum rabisco sem maior prejuízo"... " O senhor não imagina o que tem aqui... é a confissão do Grande Mestre! E tenho que andar depressa, pois o pressentimento é de que vai haver um terremoto! Tá escrito aqui" ..."Preciso tentar impedir!!!" ... "É quando vejo o garçom retirar o avental, jogar em cima da mesa, e dizer ao João: "Aguenta firme João, que eu e a senhora aqui vamos por fim a uma guerra!" E o João, traga de uma vez mais uma dose: "é fim de mundo, na certa!"

                                                                          ( E continua na próxima postagem!)

terça-feira, 17 de abril de 2012

"Semana do Quintana!"... Uma homenagem ao célebre autor de "O Aprendiz de Feiticeiro" e tantos outros, que nos deixam a saudade da sua arte.

" Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha,
nem desconfia que se acha conosco desde o início
das eras. Pensa que está somente afogando problemas
dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar
inquietação do mundo!"
  

Eu, eu mesma, Claudinha, quase Silva também, fico imaginando a cena acima e, "mundo de fantasia", coisa de poetiza, passo a me adentrar no cenário e fazer parte do enredo... Talvez sentada numa mesa mais "escondidinha" do bar, tomando um cafezinho com pão de queijo, que com certeza não é aquele genuíno, de mineiro mesmo, dada a presença em outra mesa do ilustre Mário - aquele dos poemas; é o famoso, o Quintana mesmo! - por certo que o bar é gaúcho como o referido poeta. Fico olhando admirada o autor "na hora da criação", lança olhares e, simultaneamente, tece frases, ordena palavras ou concatena ideias, conclui ou desconversa, deixa a conclusão pra quem possa interessar a prosa... E, muito curiosa, depois do terceiro café (o pão de queijo vai ficar pra próxima), ouso interromper o gênio: "O senhor me permite pedir um autógrafo? Sou uma apaixonada pela suas obras"...e..."João Silva"... "Não; não, me desculpe, pensei que fosse o Mário, o Quintana..." "Sou eu, sim senhora. Só estou finalizando uns rabiscos, esteja à vontade... "O João, é aquele ali, tentando afogar as tristezas da vida em mais uma dose de caninha."..."Ah, entendi, que susto!"..."Desculpas mil, então, tão inoportuna eu, interromper um gênio no momento da criação!"... "Sente-se aí, percebi que não comeu o pão de queijo... Garçom traga aquele "joelho de moça", caprichado pra senhora aqui."... "Quase não acreditei, queria me beliscar, mas me controlei e indaguei-lhe se conhecia o tal João(?)"... "Esse aí, exatamente, não. Conheço todos os outros, que, como ele, se debruçam nos balcões do bares "a tragar" tudo que a vida não lhes permite realizar, em qualquer outro lugar que seja."... Fico ali, por alguns minutos calada, meio sem jeito, desarmada - tamanha cultura ali do meu lado, sou privilegiada, "meu Deus, preciso falar algo que tenha sentido, me ajuda meu Pai...". "De repente penso em voz alta: "Eu e minha inquietação!" E ele, o poeta deduz: "É isso, minha senhora! E escreve esboçando um sorriso de satisfação:  "Ele está é bebendo a milenar inquietação do mundo!"
 Feito final, subscreve, dizendo estar ali o autógrafo que eu pedira e me dando de presente o escrito todo - que ele já o transcrevera cópia noutro pedaço de papel - "Garçom, põe tudo na minha conta, por favor!"... e se despede, cordial; eu permaneço atônita, falando baixinho pra mim mesma: "ninguém nunca vai acreditar se eu contar"... e observo o João que diz palavras soltas, perdidas num discurso eterno sobre o mundo.

                                                                                                         (Continua no Post de amanhã...)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Abril... e um novo começo!

Confesso que estava com muitas saudades! Acredito que não deva ter mais nem uma visitinha por aqui há algum tempo e é claro que entendo. Tudo nessa vida requer cuidado. Um jardim para florescer precisa ser regado, a dor para curar precisa de remédio bem dosado, o amor requer o bem-querer do lado, assim como a paixão o eterno namorado! Nada existe ou sobrevive sem que se renove o necessário, ou se mantenha o fundamental.
O "Bloguesa" quase morreu. E só de pensar nessa hipótese me dá um nó na garganta! De jeito nenhum, vamos, "levanta, sacode a poeira", se arranja de novo: quem falou que não tem remédio pra isolamento? Pra tudo tem remédio; não é assim que a gente aprende? Só pra aquela tal condição gélida e inerte que não tem... melhor não falar nisso que a razão é outra que me traz aqui hoje - à luz do tal "Concurso do TJ", uma razão totalmente oposta.
Acontece que deixei de lado o "Meu Português" e fui cuidar de estudar pro do TJ. Por isso, o Bloguesa adoeceu. Tadinho, quis enganá-lo com mensagens de power-point e vídeos do youtube pra justificar minha ausência e o resultado foi um festival de cores e textos copiados da net, interessantes até, mas sem um comentariozinho sequer, perdeu a graça da autoria - como diz a FUMARC: a marca de "estilo" de texto próprio da autora - esta que tenta se redimir agora...
Decidi mudar de cara pra começo de conversa! É que o Bloguesa tá fazendo 10 meses de vida (é mais que uma gestação!) e, como ficou na inércia um tempo, cabe uma mudança , assim como mudam as estações...
E foi essa a primeira ideia, mudar o tema, acompanhando a estação: é abril, já é outono ( inacreditável, eu diria!). Por isso a escolha pelas folhas ao vento no papel de fundo - com as folhas e o vento de outono vão também embora os dias de desalento, as angústias, as inseguranças, os temores. A intenção é mesmo começar de novo, "com força e com vontade, a felicidade, há de se espalhar com toda a intensidade"...
Vocês devem estar perguntando: mas ela está comemorando o quê? Será que saiu o gabarito do TJ??? Saiu não e não importa! Vale o que foi feito de janeiro até aqui - dedicação por inteiro! O que restou de mim? Alguém com uma experiência a mais; convivência com pessoas verdadeiramente humanas - sim, elas existem ainda, viva, viva! - mais paciência e uma tal "cultura jurídica" - salve, salve o Botrel! Sem falar do Português... Ah, o Português...
Minha língua pátria, meu idioma predileto, minha norma culta, denotativa ou coloquial, que me permite em verso ou em prosa, expressar meu sentimento, minha paixão pelas letras, razão, enfim, pela qual não podia deixar meu Bloguesa no já dito estágio mórbido, fatal.
Estamos de volta, com força total! E que venham enfileirados os próximos concursos, vivências a mais. Uma hora chega a da vitória, pois, quem insiste e se enche de esperança ao renascer de um quase coma, merece a hora da celebração, de comemorar a vida nova, a hora da redenção!
Prazer imenso estar com vocês de novo, meus amores! E aos próximos seguidores, sejam bem-vindos! É com imensa alegria que os convido a conjugar todos os verbos, no presente, que o futuro vem, NATURALMENTE!
                                       Meu carinho todo, 
                                                 Cláudia Fagundes.

sábado, 7 de abril de 2012

Do Blog do TAS - Agora é lei: presidentA!

 



Do Portal Planalto

A presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.605 <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12605.htm>, publicada nesta quarta-feira (4/3), no Diário Oficial da União (DOU), que obriga as instituições de ensino públicas e privadas a empregar a flexão de gênero para nomear profissão ou grau nos diplomas expedidos.

A partir da lei, que já está em vigor, o sexo da pessoa diplomada passa a ser considerado na designação de profissão ou grau obtido e o masculino não poderá mais servir de generalização. A lei estabelece ainda que as pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições a reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção.
Técnica, administradora e bibliotecária são alguns exemplos das grafias de profissões que devem ser utilizadas quando se tratar de graduada do sexo feminino.
Comunicação Social SPM/PR
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