segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bloguesa é Informação!!!

     Uma ótima oportunidade para "leitores insaciáveis" e excelente dica para estudantes de todo Brasil: O governo federal coloca à disposição de todos 305 "LIVROS" EM PDF, e o que é melhor, através de acesso GRATUITO!
     Trata-se de uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos! Pura falta de divulgação!!! O  bloguesa resolveu dar essa ajudinha... 

        Imaginem um lugar, virtual é claro, onde você pode "livremente": 

        @ Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ; 
        @ Escutar músicas dos grandes compositores em alta qualidade; 
        @ Ler obras de Machado de Assis a Divina Comédia; 
        @ Ter acesso às melhores historinhas infantis e aos vídeos da TV ESCOLA; 
        E muito mais... 

        O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,bastando que você acesse o site:

        www.dominiopublico.gov.br 

        Em se tratando de literatura portuguesa são 732 obras! Não percam essa oportunidade.    
        Basta clicar no link e imprimir, ou se preferir ler virtualmente! 
        Seguem algumas sugestões:

1. A Divina Comédia -Dante Alighieri 2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare 3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa 4. Dom Casmurro -Machado de Assis 5. Cancioneiro -Fernando Pessoa 6. Romeu e Julieta -William Shakespeare 7. A Cartomante -Machado de Assis 8. Mensagem -Fernando Pessoa 9. A Carteira -Machado de Assis 10. A Megera Domada -William Shakespeare 11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare 12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare 13. O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa 14. Dom Casmurro -Machado de Assis 15.. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa 16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa 17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare 18. A Carta -Pero Vaz de Caminha 19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis 20. Macbeth -William Shakespeare 21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago 22. A Tempestade -William Shakespeare 23. O pastor amoroso -Fernando Pessoa 24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós 25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa 26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha 27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa 28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare 29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde 30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare 31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 32. A Mão e a Luva -Machado de Assis 33. Arte Poética -Aristóteles 34. Conto de Inverno -William Shakespeare 35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare 36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare 37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões 38. A Metamorfose -Franz Kafka 39. A Cartomante -Machado de Assis 40. Rei Lear -William Shakespeare 41. A Causa Secreta -Machado de Assis 42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa 43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare 44. Júlio César -William Shakespeare 45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente 46. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 47. Cancioneiro -Fernando Pessoa 48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional 49. A Ela -Machado de Assis 50. O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa 51. Dom Casmurro -Machado de Assis 52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho 53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 54. Adão e Eva -Machado de Assis 55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo 56. A Chinela Turca -Machado de Assis 57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare 58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca 59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo 60. Iracema -José de Alencar 61. A Mão e a Luva -Machado de Assis 62. Ricardo III -William Shakespeare 63. O Alienista -Machado de Assis 64. Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa 65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne 66. A Carteira -Machado de Assis 67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa 68. Senhora -José de Alencar 69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães 70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 71. A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca 72. Sonetos -Luís Vaz de Camões 73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos 74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe 75. Iracema -José de Alencar 76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa 77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós 78. O Guarani -José de Alencar 79. A Mulher de Preto -Machado de Assis 80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau 81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio 82. A Pianista -Machado de Assis 83. Poemas em Inglês -Fernando Pessoa 84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis 85. A Herança -Machado de Assis 86. A chave -Machado de Assis 87. Eu -Augusto dos Anjos 88. As Primaveras -Casimiro de Abreu 89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis 90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa 91. Quincas Borba -Machado de Assis 92. A Segunda Vida -Machado de Assis 93. Os Sertões -Euclides da Cunha 94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 95. O Alienista -Machado de Assis 96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra 97. Medida Por Medida -William Shakespeare 98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare 99. A Alma do Lázaro -José de Alencar 100. A Vida Eterna -Machado de Assis 101. A Causa Secreta -Machado de Assis 102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia 103. Divina Comedia -Dante Alighieri 104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós 105. Coriolano -William Shakespeare 106. Astúcias de Marido -Machado de Assis 107. Senhora -José de Alencar 108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente 109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo 110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 111. A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo 112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós 113. Obras Seletas -Rui Barbosa 114. A Mão e a Luva -Machado de Assis 115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco 116. Aurora sem Dia -Machado de Assis 117. Édipo-Rei -Sófocles 118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco 119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis 120. O Cortiço -Aluísio de Azevedo 121. Tito Andrônico -William Shakespeare 122. Adão e Eva -Machado de Assis 123. Os Sertões -Euclides da Cunha 124. Esaú e Jacó -Machado de Assis 125. Don Quixote -Miguel de Cervantes 126. Camões -Joaquim Nabuco 127. Antes que Cases -Machado de Assis 128. A melhor das noivas -Machado de Assis 129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca 130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo 131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós 132. Helena -Machado de Assis 133. Contos -José Maria Eça de Queirós 134. A Sereníssima República -Machado de Assis 135. Iliada -Homero 136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco 137. A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco 138. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões 139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage 140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa 141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis 142. A Carne -Júlio Ribeiro 143. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós 144. Don Quijote -Miguel de Cervantes 145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne 146. A Semana -Machado de Assis 147. A viúva Sobral -Machado de Assis 148. A Princesa de Babilônia -Voltaire 149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves 150. Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional 151. Papéis Avulsos -Machado de Assis 152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos 153. Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós 154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós 155. Anedota do Cabriolet -Machado de Assis 156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias 157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis 158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho 159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra 160. Almas Agradecidas -Machado de Assis 161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós 162. Contos Fluminenses -Machado de Assis 163. Odisséia -Homero 164. Quincas Borba -Machado de Assis 165. A Mulher de Preto -Machado de Assis 166. Balas de Estalo -Machado de Assis 167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis 168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós 169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis 170. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu 171. Charneca em flor -Florbela Espanca 172. Cinco Minutos -José de Alencar 173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida 174. Lucíola -José de Alencar 175. A Parasita Azul -Machado de Assis 176. A Viuvinha -José de Alencar 177. Utopia -Thomas Morus 178. Missa do Galo -Machado de Assis 179. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves 180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero 181. Hamlet -William Shakespeare 182. A Ama-Seca -Artur Azevedo 183. O Espelho -Machado de Assis 184. Helena -Machado de Assis 185. As Academias de Sião -Machado de Assis 186. A Carne -Júlio Ribeiro 187. A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós 188. Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar 189. Antes da Missa -Machado de Assis 190. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio 191. A Carta -Pero Vaz de Caminha 192. LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca 193. A mulher Pálida -Machado de Assis 194. Americanas -Machado de Assis 195. Cândido -Voltaire 196. Viagens de Gulliver -Jonathan Swift 197. El Arte de la Guerra -Sun Tzu 198. Conto de Escola -Machado de Assis 199. Redondilhas -Luís Vaz de Camões 200. Iluminuras -Arthur Rimbaud 201. Schopenhauer -Thomas Mann 202. Carolina -Casimiro de Abreu 203. A esfinge sem segredo -Oscar Wilde 204. Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha 205. Memorial de Aires -Machado de Assis 206. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto 207. A última receita -Machado de Assis 208. 7 Canções -Salomão Rovedo 209. Antologia -Antero de Quental 210. O Alienista -Machado de Assis 211. Outras Poesias -Augusto dos Anjos 212. Alma Inquieta -Olavo Bilac 213. A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães 214. A Semana -Machado de Assis 215. Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto 216. A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo

                    BOA LEITURA!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

"Junhezas!"

O "Eu" de Rubem Alves traz a subjetividade de palavras opostas como BELEZA e TRISTEZA, que se fazem presente na sua tradução do que é o amor e no sentido que a vida LHE tem...
O meu eu - Cláudia - é apaixonado pelo sufixo "eza"... Vejam quanta riqueza se pode extrair deste e então descrever: SURPRESA, CERTEZA, PROEZA, DELICADEZA, e porque não JUNHEZAS???
Pra ilustrar um pouquinho das "bunitezas de Junho", a GRANDEZA de RUBEM ALVES!

sábado, 26 de maio de 2012

20 livros clássicos que você pode baixar na internet
Otavio Cohen 30 de novembro de 2011
Para alguns leitores inveterados, só existe uma coisa mais agradável do que o cheiro de umlivro: tê-lo para sempre. Quem não faz questão de ter na estante todas as obras clássicas que já leu ou que morre de vontade de devorar, sai na vantagem por causa de duas palavras mágicas: domínio público.
No Brasil, geralmente um livro cai no domínio público 70 anos depois da morte de seu autor. Quando isso acontece, os direitos comerciais sobre o texto são liberados. É por isso que a maior parte das obras disponíveis foram escritas até o início do século 20 (ou seja, nada de escritores modernistas, por enquanto). No site brasileiro Domínio Público existem mais de 178 mil textos como o clássico do Cavaleiro da Triste Figura esperando o seu clique para integrarem esta rica prateleira que é o seu HD. O #Cultura selecionou algumas obras essenciais da literatura mundial para você não usar a preguiça de procurar no acervo do site como desculpa.
Literatura brasileira e portuguesa:
Literatura mundial:
Fica a Dica do Bloguesa, pessoal!!! 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Eu daria tudo pra ter minha mãe aqui comigo"...

Um texto muito real de Martha Medeiros, aliás como TODOS dela!

"Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães, ok?
Desconstruir alguns mitos. Não, não precisa se preocupar.
Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
Vamos lá:

 MÃE É MÃE”: mentira !
Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista.
Também é cozinheira e lavadeira.
Pode ser política, até ditadora; não tem outro jeito.
Mãe às vezes também é pai. Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock pra desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço; se quiser também namora, trabalha, adora dançar.
Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora.
Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
Mãe já foi mãe, agora é mãe também.

MÃE É UMA SÓ”: mentira !
Sabe por quê?
Claro que sabe!
Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso. De certa forma, tem duas mães.
Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida. Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães.
Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade.
O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.

“SER MÃE é PADECER NO PARAÍSO”: mentira!
Que paraíso, cara-pálida?
Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram.
Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
Quanto a padecer, é bobagem.
Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
Por exemplo?
Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica.
Aí a barra é pesada, pode crer...

MATERNIDADE É A MISSÃO DE TODA MULHER”: mentira !
Maternidade não é serviço militar obrigatório!
Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabê-los? Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas. Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida mesmo, que é pequena, mas tem bastante espaço. Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa.
É difícil, mas acontece.

MAMÃE, EU QUERO”: verdade!
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua...
  5 anos: "Mamãe, te amo."
11 anos: "Mãe, não enche."
15 anos : "Minha mãe é tão irritante."
18 anos: "Eu quero sair de casa."
25 anos: "Mãe, vc tinha razão."
30 anos: "Eu quero voltar pra casa da minha mãe."
50 anos: "Eu não quero perder a minha mãe."
70 anos: "Eu abriria mão de TUDO pra ter minha mãe aqui
                comigo."

sábado, 12 de maio de 2012

Tem como rimar a palavra MÃE??? Feliz Dia das Mães!!!

Um poeta disse certa vez: “palavra mãe não dá rima”.
Hoje, este é o meu desafio: preciso rimar “Mãe” e fazer
uma poesia – poesia só é poesia quando é rimada!
E agora? Mãe é TODA HORA, fácil é rimar... vamos tentar?

Mãe, três letrinhas e um til - traço tão infantil!
Pois é assim que tudo começa, sem pressa;
Lá na escolinha, a primeira palavra que se ensina:
Mãe rima com ALEGRIA, de tudo que eu produzia!

Mãe descortina um mundo de descobertas...
“Filha, tudo tem sua hora certa” e com direito a muita festa!
O dia que “se desabrocha”: mil histórias, buquê de rosas!
Mãe rima com TERNURA, de todas as minhas aventuras...

Mãe te cria para o mundo - sem nunca te “tirar do útero”;
Não tem essa de casou e mudou: “Filha, você não ligou!?”...
Parece que Mãe tem bola de cristal ou, dizem, é dotada de sexto sentido: aparece do nada, no instante preciso e fala o que é IMPRESCINDÍVEL!
MINHA MÃE rima com SABEDORIA, de todos os que foram e os que ainda serão meus (preciosos) dias...

MÃE,(minha mãezinha), sem VOCÊ, não haveria POESIA!
E me perdoem se a rima deixou a desejar;
O que eu sinto e quero dedicar a todas as mães do mundo
me permite rimar com MÃE o mais profundo do que for AMAR!!!


Cláudia Fagundes.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Concurseiros(as), animem-se!!! "Todo esforço será recompensado"! E viva a Aninha!!!


Vocês devem estar pensando... "Mas este blog não é aquele que fica contando e contando histórias e falando (incansavelmente!) da língua portuguesa?" É, é este mesmo. Vocês não se enganaram não, nem eu mudei de praia o - que a minha "praia", ou "pátria", é a língua portuguesa, com certeza!
"Mas, como assim, introduzir com uma tabela, cheia de números, o que seria isso enfim?"
Vou esclarecer tudo, COM ENORME PRAZER! 
Volto ao título deste post e os(as) convoco, "Caríssimos(as) Concurseiros(as)", animem-se!!! Esta tabela é a prova documental, a resposta clara e precisa ( pois que números são EXATOS!), a constatação de que "todo o esforço ( mais dia, menos dia) será recompensado!" 
Para quem não conhece, deixe-me apresentar-lhes: a dona do nome na tabela (em grifo amarelo), Ana Lúcia Alves Bahia. Formada em Jornalismo pela Fumec, não atuando hoje como jornalista porque escolheu "ser concurseira", acaba de ver seu nome na lista dos aprovados da "Fundação Carlos Chagas" para o concurso do "Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo". Notícia quentíssima, saida do forno ainda agorinha, publicada no Diário Oficial da União no dia de hoje, 04/05/2012. 
Está aí, é fato, INCONTESTÁVEL: a tabela não me deixa fugir nem um pouquinho da realidade!
A Aninha, assim como é conhecida por nós do cursinho Meritus, passou no 6o. lugar para o Cargo de Analista Judiciário, ou seja nível superior, do TRE de São Paulo. Cabe aqui uma informação muito importante que buscamos no edital (ainda chorando, as duas emocionadas com a notícia), falando ao celular: para este cargo tinham SEIS VAGAS?! Sim, ela passou dentro do número de vagas! Não tem como não comemorar muito!!! Até agora, eu não sei se rio ou se choro, e ela, naquela sensação de "pura euforia": "acredito ou não acredito?", "tento o MPE e o TJ?", "será que vou ser chamada?"...
Emoções aguçadas e motivação para qualquer consurseiro(a) que andava desanimado(a), a notícia é estimulante não é? Mas, devagar com interpretações muito otimistas! A Aninha não é qualquer concurseira não... Acompanho sua trajetória desde quando fez o módulo básico no Meritus, em 2011. Foi quando nos conhecemos e quando "ela entrou na fila" dos concursos. Pouco tempo, heim? E ela já colocou o nome naquele patamar ali? Sim, vejam lá! Agora, pensem em: dedicação, disciplina, foco, organização, garra, determinação, preparo, desenvolvimento de técnicas próprias de estudo, investimento em disciplinas isoladas específicas, além do curso teórico inteiro; participação em sites preparatórios na internet, treino em provas realizadas pelas bancas a serem tentadas; exercícios, exercícios e mais exercícios... Esse é o "Método Aninha" de fazer acontecer dentro desse mundo chamado "Preparatório para Concursos Públicos"! E essa pessoa é indescritível no que diz respeito a exemplo de "filha, namorada, amiga, pessoa humana; gentileza, humildade, ética, educação, maturidade, caráter". Ela tem só 24 aninhos!
Criamos um vínculo afetivo muito grande e nos tornamos "Mamis" (que sou eu) e "Filhota" ( que é ela). Me sinto hoje tão realizada e orgulhosa como se fosse a mãe de fato. E ela sabe disso! 
Fará mais sentido esse depoimento (acho que posso chamar assim) se eu entrar um pouquinho no "viés portuguesístico" da coisa. Vamos Lá! A Aninha tentou outros concursos antes do de SP, todos TRE's e um TRF. A banca normalmente era a FCC, que andava aplicando umas provas "SEM NOÇÃO" - muito difíceis mesmo - as de Português eram impossíveis de se comentar! Após as provas, ela sempre me ligava indignada, ou mandava mensagens no celular... tenho todas guardadas! Numa delas ela escreveu assim: "Mamis, a fcc resolveu dar uma de cespe na prova de analista, em todas as matérias! Fui mal, tava muito difícil, parecia q eu nem tinha estudado =( Aninha" - 05/02
Para a prova de São Paulo, tivemos uma tarde de estudos de Português aqui em casa; tentamos desvendar os mistérios todos da FCC, analisando todas as questões "misteriosas, problemáticas, insanas" das últimas provas da tal banca. Conseguimos ver muita coisa que podia ser determinante, até em tempo na hora de fazer a prova. Depois de algumas dicas "pontuais" - ela não deixava uma questãozinha sequer sem perguntar, por e-mail que fosse, tirava todas as dúvidas, a gente trocava ideias, amadurecia o aprendizado - ela foi e fez bonito! Me escreveu assim: "Fiz as pazes com a fcc =) Aninha" - 18/03. Depois mandou outra assim: "Fechei todas as provas de português de SP! Vc contribuiu mto p isso, obrigada!!! Aninha" - 23/03. Mais uma vez, repito: "Queridíssimos(as) Concurseiros(as)", o resultado está aí...  Algo que só ela pôde ver, com osa dados de inscrição, etc, foi o resultado da REDAÇÃO - ela tirou  NOTA TOTAL! Preciso falar mais alguma coisa??? 
Preciso sim! Duas coisinhas: ANINHA, PARABÉNS FILHOTA! VOCÊ É MERECEDORA! SEU SUCESSO É APENAS CONSEQUÊNCIA. TE AMO MINHA LINDA!
Segunda coisinha: Me desculpem a "pobreza" da elaboração da tabela; apesar de precisarmos do números para constatações como esta, MEU MUNDO SÃO AS LETRAS!!!
Abraços, Cláudia Fagundes.
Em tempo: Meu abraço muito especial aos pais da Aninha - VOCÊS SÃO ESPECIAIS! PARABÉNS!!!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

"Saudade de Tudo" - de Guimarães Rosa...

Saudade de tudo!...
Saudade, essencial e orgânica,
de horas passadas,
que eu podia viver e não vivi!
Saudade de gente que não conheço,
de amigos nascidos noutras terras,
de almas órfãs e irmãs,
de minha gente dispersa,
que talvez até hoje ainda espere por mim...
Saudade triste do passado,
saudade gloriosa do futuro,
saudade de todos os presentes
vividos fora de mim!...
Pressa!...
Ânsia voraz de me fazer em muitos,
fome angustiosa da fusão de tudo,
sede da volta final
da grande experiência:
uma só alma em um só corpo,
uma só alma-corpo,
um só,
um!...
Como quem fecha numa gota
o Oceano,
afogado no fundo de si mesmo...

segunda-feira, 30 de abril de 2012

" Saudade é o amor que fica! "

Tarefa difícil esta que me propus hoje: escrever um pouco sobre SAUDADE! 
O que dizer de SAUDADE? A começar pela significação linguística, morfológica, sabemos ser SAUDADE um substantivo abstrato... Abstrato é tudo aquilo que não se consegue pegar - lembro de ouvir isso de alguma professora lá da infância, dos primeiros anos de aprendizado da língua portuguesa! 
É, se pensarmos especificamente em SAUDADE, a definição é válida sim! Quantas vezes quis pegar a "danada" e tirar de dentro de mim? Ai meu Deus se tivesse a fórmula, teria atravessado menos noites sem fim... Pegar a SAUDADE, jogar fora a SAUDADE, acabar de vez com a SAUDADE, enterrar a SAUDADE! Impossível, enfim. E quando é essa "malvada", essa que dói e que faz um "buraco" no coração, que aperta e "dá um nó na garganta", que "sufoca" e faz chorar, essa não dá saudade de senti-la não...
Mas, como tudo na vida, existe o outro lado, o lado "gostoso" da SAUDADE -  não menos abstrato, tampouco menos sentido - o que nos preenche ao invés de subtrair, o que nos enche de esperança, no lugar da  insônia ou da melancolia, o que é pura nostalgia! Existe algo mais prazeroso que lembrar da pessoa amada (ao tê-la longe), mas saber que ela vai voltar? Há na vida sentimento mais profundo que ver o filho partindo "pro mundo"( quando é chegado o momento de desvendá-lo) e ficar esperando ansiosamente o dia mais feliz da sua volta? Não! Momentos existem que não podemos definir, a não ser com SAUDADE, muita SAUDADE!
A SAUDADE é tão nossa, algo tão sentido e "vivido à flor da pele" entre nós, brasileiros - somos só sentimentos, vivemos!!! - que dizem não ter a significação da palavra SAUDADE noutra língua; apenas na nossa, língua pátria portuguesa. Acho até muito bonitinho quando expressam, em inglês, sentir a "falta de alguém": "I MISS YOU!". Mas, verdade seja dita, ou melhor, escrita: quando você está longe e eu sinto a sua falta e bate aquela coisa que até machuca por dentro - ai, como dói: "NOSSA QUE SAUDADE DE VOCÊ!"... Não há nada que explique, não há presente que justifique, não há coração que não grita, porque "SAUDADE É O AMOR QUE FICA!"


(Cau Fagundes, num momento de muita SAUDADE!)
                      (...quando a saudade não cabe no peito transborda nos olhos...)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

"AYRES DE BRITTO: moralidade, probidade e, ainda, misticismo e poesia na condução do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL!"

Eleito no último dia 14 de março, presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto trata-se de um dos juristas mais respeitados e de características mais progressistas a assumir o comando do Tribunal.
Ao tomar posse, na quinta-feira, 19 de abril (Dia do Índio), o clima no Superior Tribunal Federal era um clima de brigas, de “tempestade” – talvez pela manifestação das “tribos” que se opõem no interior do  tribunal – o oposto do que se espera dentro da “Corte Máxima da Justiça Brasileira”, do “Órgão Guardião da Constituição”, por isso mesmo competente para acordar e decidir em consenso e unanimidade, não o contrário!
Os opositores em questão eram o agora ex-presidente do STF, Cezar Peluso  e o ministro Joaquim Barbosa. O primeiro declarou à imprensa que o colega era “inseguro” e que “tinha temperamento difícil”, entre outras coisas. O ministro respondeu em entrevista pública, dizendo ser o ex-presidente “imperial”, “tirânico”, “corporativo”, “brega” e “caipira” e completou dizendo que Peluso “não hesitava em violar as normas para impor à força a sua vontade”.
Foi em meio a pedidos de desculpas de ambos os lados que Ayres Britto tomou o seu lugar e fez seu discurso de posse. Poeta, membro da Academia Sergipana de Letras, fala mansa (no sentido de “não impertinente”), mas sotaque carregado da sua terra natal, iniciou citando o poeta T. S. Eliot: “Eu disse à minha alma: fica tranqüila e espera, até que as trevas sejam luz e a quietude seja dança”...
Britto será presidente do STF por um período de sete meses. Nesse período, elencou como metas o julgamento do caso Mensalão e um pacto pelo cumprimento da Constituição.

O novo presidente conduzirá a corte durante as sessões que definirão, ou não, a polêmica na qual se encontra a política do Brasil com relação ao escândalo do “Mensalão”, que envolve não menos que 36 réus, todos acusados de participarem do esquema de desvio de dinheiro público e compra de apoio político, tudo ardilosamente arquitetado e executado pelo PT no comando do governo Lula.  
Ainda sobre o Mensalão, Britto pretende realizar uma formatação de sessões diferenciadas - sessões extras pela manhã ou prolongamento das sessões pela noite - Como isso será feito, ainda não está definido. O temor do ministro é que alguns crimes prescrevam. Além disso, ele sabe que o julgamento pode perder ritmo se for realizado no segundo semestre, quando as atenções estarão voltadas para os casos ligados à Justiça Eleitoral.

Sobre o pacto pró-Constituição, o ministro-presidente classificou como “desvio da Constituição” ligações de políticos com bicheiros ou contraventores, como os que serão investigados no Congresso pela chamada “CPI do Cachoeira”. Hoje, pelo menos três deputados federais, dois governadores e um senador foram citados como tendo envolvimento com o empresário de jogos de azar, Carlinhos Cachoeira.

No dia da sua posse, o sol brilhava majestoso no céu de Brasília; majestosa também era a “apresentação” de Ayres Britto, ao enfatizar que moralidade pública e probidade administrativa são princípios basilares da República. Isso nós sabemos! O que esperamos de fato é que seu espírito místico e poético seja algo que pese a favor da harmonia, da sabedoria, da leveza na temperança dentro do tribunal. Que o seu espírito lúdico seja conciliatório e agregador e que a ordem, tão necessária ao cumprimento dos deveres daqueles homens de togas pretas, seja restabelecida com a serenidade e a brancura da justiça dos homens de Deus.

Conheça o pensamento vivo de Ayres Britto em sua própria voz, assistindo alguns dos curtíssimos filmetes  produzidos pela TV Justiça: 
A condição feminina


O Torturador


A Eleição: Festa da Democracia


Hipocrisia: Homenagem do Vício à Virtude


                                                                          Fontes: IG online e Revista Veja (25-04-12)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Uma homenagem a uma princesinha muito especial!


Era uma vez uma princesinha muito linda e inteligente que se tornou personagem de um pequeno conto de fadas... é esta historinha que vou contar agora!
Ela era branquinha como a neve, mas não era a Branca de Neve. Tinha cabelos dourados, mas não era a Cachinho de Ouros. Tinha  aquele corpinho de cintura fina e bem delineado como toda princesa famosa tem, mas também não era a Cinderela, nem a Bela, muito menos a Bela Adormecida, porque quando acordava não deixava ninguém mais dormir – tagarelava, tagarelava, tagarelava sem parar!
Essa princesinha não era dessas princesas dos Contos de Fadas mais antigos não. Ela era muito moderninha e gostava de programas especiais da TV - que princesas daquela época só pensam em príncipes encantados e não têm tempo de ver...
Ah, mas a grande diferença mesmo é que ela era muito curiosa e “um pouco teimosa” , como toda menina  que quer sempre aprender mais. Ela queria saber de TUDINHO e então não dava sossego não: além de perguntar tudo, a cada minuto, assistia a todos os programas da Nick, daqueles mais cheios de “histórias interativas”; ficava mergulhada naquele “mundo de aventuras”, sem piscar os olhinhos – aqueles olhinhos que desejavam conquistar o mundo!  Até aulas de Inglês ela pediu à mãe pra fazer, pois já se imaginava, quando fosse maiorzinha, no mundo mágico da Disney - era um sonho desde menininha assim... E me dizia ainda, que deixaria os cabelos crescer e que iria pintá-los de cor de rosa, e puxar os olhinhos, assim: e me mostrava com as mãozinhas, pra ficar igual uma japonezinha que ela viu em algum lugar , não me lembro mais onde...
Gente, eu poderia falar horas e horas dessa princesinha, mas é que quero que essa historinha chegue aos ouvidos dela, ainda acordada... é que hoje ela faz 06 aninhos! O nome dela é Maria Clara, nome de princesa mesmo, não é? A mamãe dela é rainha de verdade, sabiam? É, ela já foi coroada e tudo pelos alunos lá da PUC que sempre a homenageiam por ser tão professora-rainha, ou tão rainha-professora! Não sei. Só sei que filha de Rainha, Princesa é! E a Maria Clara vai seguindo o caminho de majestade da mamãe. Ela já tem um irmãozinho, o Pedro, um príncipe também. E agora, vem o Matheus, que vai nascer agorinha mesmo, pra encantar ainda mais o reino de felicidade dessa pequena princesa! Todos que a amam muito, chamam-na carinhosamente de Cacá. Eu também falo Cacá, Cacazinha, mas tem um segredinho que é só nosso: eu a chamo de minha “Xibiquinha” – e eu sei que ela adora, porque se existe uma menina doce, afetuosa e amorosa, é a minha “ Princesa Xibica “ – minha “Xibiquinha!”


Maria Clara, minha querida, que Deus te faça sempre assim, uma princesa criativa, diferente e especial – dessas que não existe em nenhum conto de fadas já escrito! E que seu Mundo seja sempre um Mundo Encantado, pintado de cor de rosa e de todas as cores que você quiser pintar, pra fazê-lo mágico!
Amo você minha xibiquinha!!!!
Um beijo no coração,
Da Cau.

sábado, 21 de abril de 2012

"Procurando Mário Quintana" - em verso e em prosa e muito ansiosa!

 Alegrete, RS. Cidade do homenageado e personagem principal dessa história, o famoso escritor Mário Quintana. Certamente uma viagem inesquecível! Cidade campeira do gaúcho tradicional: bombachas, botas, lenço no pescoço, poncho e chapéu. Combinação ímpar de belezas naturais, riqueza e cultura. Museus, praças, igrejas, harmonia do homem do campo e o da cidade. E foi naquele cenário que tudo aconteceu...

"Moço, moço, vi que o Sr. Mário passou por aqui e conversou com o senhor... percebeu se ele desceu por ali mesmo?"... "E o garçom, nem esperou resposta, me puxou pela mão: "por aqui, Senhora"... "Esta hora é hora sagrada para o Mestre e na certa está em casa!"... "E eu correndo e pensando - "hora sagrada", "terremoto da alma", "fim de mundo" - seriam todas profecias?"... "É ali senhora, aquela casa, a branca de janela azul aberta...é aquela ali!"... "Se puder me dê notícias do Mestre, o João ficou lá e não é o melhor dono de botequim..." "Muito obrigada seu garçom, seu nome é..." ...
"Joaquim". Completou ele, já virando a esquina da praça - Que praça linda: um coreto, pombos ao redor de um pipoqueiro e a igreja, claro, uma das muitas da cidade, imponente; o sino confirmava o meio do dia - "Só desci a ladeirinha e qual surpresa minha, o distinto "poeta" - quase confidente meu agora - se acomodava numa cadeira na calçada em frente à casa..."
"Fui chegando de mansinho... Acompanhado da sua bengala, estava mais sério e compenetrado; quem sabe pela "relativa felicidade" expressa no bilhete, ou pela tal "paz ilusória"... Vi que olhava bem além do que se pode enxergar de fato...( Preciso criar o hábito de andar com uma boa máquina fotográfica na bolsa. Há momentos que são inenarráveis, indescritíveis e imensuráveis! Fica a foto que diz tudo!!! ).
"Sr. Mário, não queria interromper sua hora sagrada, mas não é por acaso que estou aqui... e entreguei-lhe o papel - como se em minhas mãos estivesse sua vida inteira - o Sr. deixou cair..." Vamos entrar, minha senhora, está trêmula e assustada, vou pedir-lhe um copo d'água"... " Imagina, não quero aborrecê-lo, é hora da sesta, não é?"... "Jacira, um copo d'água por gentileza, a senhora veio em missão de nobreza!" ... "Escrevi outro dia mesmo, na certa usava este mesmo velho paletó. Não tinha dado por falta, está escrito aqui também, dentro da alma..."... "Mas, Sr. Mário, como posso dizer... se é uma CONFISSÃO e o Sr. diz certas coisas, ou melhor, escreve, é porque há de acontecer e estou aqui por esse motivo"... "O Sr. está sentindo alguma coisa? Este terremoto da alma que pressente que vai ter, sente algum sintoma que o leva a crer........ "Calma, minha senhora, já visitei o padre e já consultei o médico; estou bem olhado em matéria de corpo e espírito. É que aos poetas cabe fazer das vivências histórias, e escrever bonito, só isso!"... " Ah, bom! Mas é que está escrito CONFISSÃO, veio daí toda minha preocupação..." ... "Confissão é o que se faz com o tempo, quando já não se tem com quem compartilhar...Agradeço, enfim, sua nobre preocupação."... "Tenho aprendido com o tempo, Sr. Mário, e o tempo foi que me trouxe aqui... O Sr. não imagina o significado do dia de hoje no meu presente; que o passado foi-se e não mais me pertence, mas o futuro vou levar pra casa, com tudo que aqui vivi, e construí-lo no meu tempo."

O tempo
(Mário Quintana)
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Continuação do "momento inesquecível" com Quintana...

"É claro que antes que ele levantasse e fosse embora consegui tirar uma foto (com meu celular), ainda na mesa do bar, enquanto se comunicava com o garçom - não sei se percebeu algo - se aconteceu, fez que nada tinha acontecido e apenas prolongou um sorriso, meio ressabiado, mas tranquilo... Gente muito fina esse Mário!"


Enfim, foi-se embora mesmo; seguiu devagar, parecia conversar baixinho; ora ou outra acenava para algum cidadão, polidamente. Fiquei olhando "fixadamente", até que ele dobrou a esquina lá embaixo, no passo marcado e amparado pela velha bengala... "A senhora deseja mais alguma coisa?"... A voz firme e grave interrompeu meu momento "cabeça nas nuvens" e me fez aterrissar olhando o relógio na parede bem à frente. Já passava das 11h. O sol quase de meio-dia adentrava o recinto e me alertava que já não era possível continuar sentada ali. Levantei pra ir ao banheiro e tomar meu rumo também... O João, coitado, totalmente embriagado... me apontava algo - "Ai Jesus, o que o pobre quer; delírios de um boêmio?" E continuava a me mostrar algo: "o papel ...o mestre... lá... caiu o papel ... o mestre ... caiu no chão"...  Olhei ao redor da mesa, tentando entender a "língua agramatical de um pobre bêbado" e lá estava : 


"Seu garçom, por favor, me ajude! O Sr. Mário, ao sair deixou cair este papel...O senhor precisa me ajudar, onde posso encontrá-lo? Se tem conta aqui no bar, deve morar por perto... decerto que ainda está a passar por um lugar ou outro..." Mas minha senhora, não precisa ficar tão aflita! É apenas um papel amarelado, com certeza algum rabisco sem maior prejuízo"... " O senhor não imagina o que tem aqui... é a confissão do Grande Mestre! E tenho que andar depressa, pois o pressentimento é de que vai haver um terremoto! Tá escrito aqui" ..."Preciso tentar impedir!!!" ... "É quando vejo o garçom retirar o avental, jogar em cima da mesa, e dizer ao João: "Aguenta firme João, que eu e a senhora aqui vamos por fim a uma guerra!" E o João, traga de uma vez mais uma dose: "é fim de mundo, na certa!"

                                                                          ( E continua na próxima postagem!)

terça-feira, 17 de abril de 2012

"Semana do Quintana!"... Uma homenagem ao célebre autor de "O Aprendiz de Feiticeiro" e tantos outros, que nos deixam a saudade da sua arte.

" Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha,
nem desconfia que se acha conosco desde o início
das eras. Pensa que está somente afogando problemas
dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar
inquietação do mundo!"
  

Eu, eu mesma, Claudinha, quase Silva também, fico imaginando a cena acima e, "mundo de fantasia", coisa de poetiza, passo a me adentrar no cenário e fazer parte do enredo... Talvez sentada numa mesa mais "escondidinha" do bar, tomando um cafezinho com pão de queijo, que com certeza não é aquele genuíno, de mineiro mesmo, dada a presença em outra mesa do ilustre Mário - aquele dos poemas; é o famoso, o Quintana mesmo! - por certo que o bar é gaúcho como o referido poeta. Fico olhando admirada o autor "na hora da criação", lança olhares e, simultaneamente, tece frases, ordena palavras ou concatena ideias, conclui ou desconversa, deixa a conclusão pra quem possa interessar a prosa... E, muito curiosa, depois do terceiro café (o pão de queijo vai ficar pra próxima), ouso interromper o gênio: "O senhor me permite pedir um autógrafo? Sou uma apaixonada pela suas obras"...e..."João Silva"... "Não; não, me desculpe, pensei que fosse o Mário, o Quintana..." "Sou eu, sim senhora. Só estou finalizando uns rabiscos, esteja à vontade... "O João, é aquele ali, tentando afogar as tristezas da vida em mais uma dose de caninha."..."Ah, entendi, que susto!"..."Desculpas mil, então, tão inoportuna eu, interromper um gênio no momento da criação!"... "Sente-se aí, percebi que não comeu o pão de queijo... Garçom traga aquele "joelho de moça", caprichado pra senhora aqui."... "Quase não acreditei, queria me beliscar, mas me controlei e indaguei-lhe se conhecia o tal João(?)"... "Esse aí, exatamente, não. Conheço todos os outros, que, como ele, se debruçam nos balcões do bares "a tragar" tudo que a vida não lhes permite realizar, em qualquer outro lugar que seja."... Fico ali, por alguns minutos calada, meio sem jeito, desarmada - tamanha cultura ali do meu lado, sou privilegiada, "meu Deus, preciso falar algo que tenha sentido, me ajuda meu Pai...". "De repente penso em voz alta: "Eu e minha inquietação!" E ele, o poeta deduz: "É isso, minha senhora! E escreve esboçando um sorriso de satisfação:  "Ele está é bebendo a milenar inquietação do mundo!"
 Feito final, subscreve, dizendo estar ali o autógrafo que eu pedira e me dando de presente o escrito todo - que ele já o transcrevera cópia noutro pedaço de papel - "Garçom, põe tudo na minha conta, por favor!"... e se despede, cordial; eu permaneço atônita, falando baixinho pra mim mesma: "ninguém nunca vai acreditar se eu contar"... e observo o João que diz palavras soltas, perdidas num discurso eterno sobre o mundo.

                                                                                                         (Continua no Post de amanhã...)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Abril... e um novo começo!

Confesso que estava com muitas saudades! Acredito que não deva ter mais nem uma visitinha por aqui há algum tempo e é claro que entendo. Tudo nessa vida requer cuidado. Um jardim para florescer precisa ser regado, a dor para curar precisa de remédio bem dosado, o amor requer o bem-querer do lado, assim como a paixão o eterno namorado! Nada existe ou sobrevive sem que se renove o necessário, ou se mantenha o fundamental.
O "Bloguesa" quase morreu. E só de pensar nessa hipótese me dá um nó na garganta! De jeito nenhum, vamos, "levanta, sacode a poeira", se arranja de novo: quem falou que não tem remédio pra isolamento? Pra tudo tem remédio; não é assim que a gente aprende? Só pra aquela tal condição gélida e inerte que não tem... melhor não falar nisso que a razão é outra que me traz aqui hoje - à luz do tal "Concurso do TJ", uma razão totalmente oposta.
Acontece que deixei de lado o "Meu Português" e fui cuidar de estudar pro do TJ. Por isso, o Bloguesa adoeceu. Tadinho, quis enganá-lo com mensagens de power-point e vídeos do youtube pra justificar minha ausência e o resultado foi um festival de cores e textos copiados da net, interessantes até, mas sem um comentariozinho sequer, perdeu a graça da autoria - como diz a FUMARC: a marca de "estilo" de texto próprio da autora - esta que tenta se redimir agora...
Decidi mudar de cara pra começo de conversa! É que o Bloguesa tá fazendo 10 meses de vida (é mais que uma gestação!) e, como ficou na inércia um tempo, cabe uma mudança , assim como mudam as estações...
E foi essa a primeira ideia, mudar o tema, acompanhando a estação: é abril, já é outono ( inacreditável, eu diria!). Por isso a escolha pelas folhas ao vento no papel de fundo - com as folhas e o vento de outono vão também embora os dias de desalento, as angústias, as inseguranças, os temores. A intenção é mesmo começar de novo, "com força e com vontade, a felicidade, há de se espalhar com toda a intensidade"...
Vocês devem estar perguntando: mas ela está comemorando o quê? Será que saiu o gabarito do TJ??? Saiu não e não importa! Vale o que foi feito de janeiro até aqui - dedicação por inteiro! O que restou de mim? Alguém com uma experiência a mais; convivência com pessoas verdadeiramente humanas - sim, elas existem ainda, viva, viva! - mais paciência e uma tal "cultura jurídica" - salve, salve o Botrel! Sem falar do Português... Ah, o Português...
Minha língua pátria, meu idioma predileto, minha norma culta, denotativa ou coloquial, que me permite em verso ou em prosa, expressar meu sentimento, minha paixão pelas letras, razão, enfim, pela qual não podia deixar meu Bloguesa no já dito estágio mórbido, fatal.
Estamos de volta, com força total! E que venham enfileirados os próximos concursos, vivências a mais. Uma hora chega a da vitória, pois, quem insiste e se enche de esperança ao renascer de um quase coma, merece a hora da celebração, de comemorar a vida nova, a hora da redenção!
Prazer imenso estar com vocês de novo, meus amores! E aos próximos seguidores, sejam bem-vindos! É com imensa alegria que os convido a conjugar todos os verbos, no presente, que o futuro vem, NATURALMENTE!
                                       Meu carinho todo, 
                                                 Cláudia Fagundes.

sábado, 7 de abril de 2012

Do Blog do TAS - Agora é lei: presidentA!

 



Do Portal Planalto

A presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.605 <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12605.htm>, publicada nesta quarta-feira (4/3), no Diário Oficial da União (DOU), que obriga as instituições de ensino públicas e privadas a empregar a flexão de gênero para nomear profissão ou grau nos diplomas expedidos.

A partir da lei, que já está em vigor, o sexo da pessoa diplomada passa a ser considerado na designação de profissão ou grau obtido e o masculino não poderá mais servir de generalização. A lei estabelece ainda que as pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições a reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção.
Técnica, administradora e bibliotecária são alguns exemplos das grafias de profissões que devem ser utilizadas quando se tratar de graduada do sexo feminino.
Comunicação Social SPM/PR
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