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Não? Sabia que esse livro é um dos mais vendidos hoje? Se já começou a pensar num jeito de incluir essa leitura “obrigatória” na sua vida, bem-vinda ao time. Você experimentou uma ansiedade comum nos tempos atuais, causada pela grande quantidade de informação a que temos acesso. É só pensar no número de páginas disponíveis a cada busca no Google, juntar as das redes sociais e multiplicar por livros, jornais, TV... Essa overdose de informação deixa a sensação de ser a última a saber de tudo. A psicoterapeuta Irene Cardotti, especialista em bioenergética, observa: “Você se interessa por um assunto, mas se dispersa com outro mais atraente. Começa, mas não termina nada. Isso traz ansiedade. A gente vai querendo encaixar tudo na agenda. O dia nunca fecha”.
2- Eu preciso daquela bolsa!
Em todo lugar, há códigos dizendo “Isso é bacana” ou “Isso não é bacana”. Quem não tem a bolsa, o corpo ou a idade do momento está fora do jogo. De onde vem a necessidade de se enquadrar? Das ameaças sob as quais vivemos. “Há o perigo de envelhecer, da fila no hospital, da favela, do abandono, do câncer...”, enumera Regina Favre, filósofa e criadora do Laboratório do Processo Formativo, em São Paulo. A ilusão é a de que, ao ter coisas que prometem felicidade, ficamos blindadas. “Você vê um anúncio de um seguro de vida com uma família linda e feliz. Compra esse seguro e vai estar livre daqueles medos”, exemplifica Regina. “Só que, no mesmo minuto, a ansiedade volta, porque você é bombardeada por outras dezenas de estímulos. Esse é o mecanismo do mundo hoje”, acredita a filósofa.
3- Tenho de perder 3 quilos!
Olhar para o espelho e não gostar do que vê é outra causa da inquietude. Vivemos atrás de perder aqueles 4 centímetros de quadril, as gordurinhas na cintura, etc... Escondida na vontade de se encaixar num estereótipo de beleza está a crença de que ele dá acesso a um mundo mais glamouroso. “O padrão desejado pelas mulheres tem sido construído por meio de imagens das atrizes, modelos e cantoras que se consagraram e conquistaram status de celebridade”, explica a antropóloga Mirian Goldenberg e autora de Toda mulher É Meio Leila Diniz (Bestbolso). Em uma pesquisa, Mirian constatou que mesmo as brasileiras realizadas profissionalmente, com independência financeira, bom nível de escolaridade, liberdade na vida afetiva e sexual vivem preocupadas com doenças, excesso de peso, têm vergonha do corpo, medo da solidão e a sensação de ser invisíveis, sem importância. “Ver a perfeição apenas naquilo que não se tem ou no que os outros têm só causa insatisfação”, afirma Mirian.
4- Alguém que decida por mim...
Você se conscientiza de que tudo o que quer realizar não cabe no seu dia. Começa a fazer escolhas e então... depara-se com outra questão: a de fazer a escolha certa. A ansiedade ataca de novo. Afinal, optar significa abrir mão de A em favor de B. Por exemplo: deixar de trabalhar para se dedicar à educação dos filhos ou vice-versa. Dar esse passo sem sofrer tem sido um desafio, porque é difícil se permitir errar. Sempre nos cobramos ser infalíveis. “A ansiedade tem a ver com a dificuldade de lidar com a própria frustração”, observa Dulce Critelli, terapeuta existencial e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana, em São Paulo.
5- Quero ser ANGELINA JOLIE !
Ninguém melhor do que a mulher de Brad Pitt para personificar nossos desejos de realização: ser mãe, mulher, rica, solidária, bem-sucedida. Porque vivemos loucas para cumprir os itens desse check list? “A velocidade das coisas, o sobe e desce do dinheiro e das posições sociais, isso tudo é muito maior hoje. Isso acelera a voracidade de cada um. Queremos ser aquilo que dá reconhecimento”, explica Regina Favre. Quando você não dá conta, vem aquela conhecida sensação de não ser boa o suficiente, mesmo sabendo que ter um alto desempenho em todos os setores da vida demanda tempo e esforço. Não por acaso, muitas de nós passam noites em claro sem desligar. “A insônia é sinal do transbordamento do que não cabe no dia”, diz Regina.
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Olhar para si mesma e decidir o que realmente importa na sua vida. Desligar-se do corpo da top model, da carreira de sucesso da amiga, dos blogs que não teve tempo de visitar. “Para entrar em contato com sua essência e descobrir o que faz você ser única, autêntica, fique um momento em silêncio”, ensina a psicoterapeuta Isabel Labate. “Só parando é que você perceberá porque está perdida. E tem a chance de desacelerar. Ao parar, você cria respostas mais adequadas às situações”, ensina Regina Frave.
2- Descontrole do Bem...
Descentralizar sua vida e permitir que o marido, a babá, a colega do trabalho a substituam aqui e ali, vez ou outra, ajuda a descarregar o peso. “Achar que tem o conole da situação é ilusão”, avisa Bernard Rangé, professor de psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “O controlador fica em vigilância, gasta energia e pode cair em exaustão.” Não se trata de jogar tudo para o alto. Pense em uma viagem. Você compra passagem, reserva hotel, organiza passeios. No meio dela, porém, pode ficar doente. O desafio é exercitar a flexibilidade para acomodar imprevistos.
3- Agir hoje e já!
Quando você tem milhares de missões (aquela lista de “tem quês”), procure não focar na dificuldade que será dar conta de tudo. Comece a agir. “Quando vivemos o presente, não pensamos nas aflições e mágoas do passado e minimizamos a ansiedade pelo que vai acontecer no futuro”, diz Marcia de Luca, autora do livro Ayurveda – A Cultura de Bem-Viver (Editora de Cultura). Como fazer isso? Focando em uma atividade de cada vez. Quando escovar os dentes, simplesmente escove os dentes: quando lavar louça, simplesmente lave a louça. Caso a mente de disperse, devolva o foco para aquela ação. É um treino. E como fica o futuro? Márcia sugere fazer uma lista de metas, com detalhes, escrevendo todas as ações como se já tivessem acontecido e acreditando que isso seja possível. Depois, desligue-se dela e volte ao que deve fazer já. “Se não vivermos o presente, a vida deixará de ser uma aventura e será apenas uma necessidade obsessiva de chegar a algum lugar ou fazer algo”, diz o conselheiro espiritual Eckhart Tolle, no livro O Poder do Agora (Sextante).
Quando você tem milhares de missões (aquela lista de “tem quês”), procure não focar na dificuldade que será dar conta de tudo. Comece a agir. “Quando vivemos o presente, não pensamos nas aflições e mágoas do passado e minimizamos a ansiedade pelo que vai acontecer no futuro”, diz Marcia de Luca, autora do livro Ayurveda – A Cultura de Bem-Viver (Editora de Cultura). Como fazer isso? Focando em uma atividade de cada vez. Quando escovar os dentes, simplesmente escove os dentes: quando lavar louça, simplesmente lave a louça. Caso a mente de disperse, devolva o foco para aquela ação. É um treino. E como fica o futuro? Márcia sugere fazer uma lista de metas, com detalhes, escrevendo todas as ações como se já tivessem acontecido e acreditando que isso seja possível. Depois, desligue-se dela e volte ao que deve fazer já. “Se não vivermos o presente, a vida deixará de ser uma aventura e será apenas uma necessidade obsessiva de chegar a algum lugar ou fazer algo”, diz o conselheiro espiritual Eckhart Tolle, no livro O Poder do Agora (Sextante).
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