sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"Sexta de Mulher pra Mulher..."

No site "Tempo de Mulher" da Ana Paula Padrão (colunista que prezo muito pelo profissionalismo) encontrei uma boa abordagem sobre o último livro da fantástica, na minha opinião, Danuza Leão.
A Revista Cláudia deste mês também trouxe uma entrevista com a autora, na íntegra, sobre o mesmo - muito interessante! Por uma vida mais simples - é esse o objetivo da Danuza ao estimular o "desapego" neste novo livro, que não vejo a hora de ler, e que com certeza dá a fórmula de "como se livrar dos vários compromissos impostos pela sociedade à mulher". 
Taí uma ótima dica para um presentinho de Natal!!!

A Vida Como Ela Deveria Ser
Em novo livro, Danuza Leão nos ensina a viver sem complicação
                                                                                                            Beatriz Alessi
                                                                                                                 3/12/2011


É sempre bom ter em mãos um livro de Danuza Leão. Já era bom quando ela falava de nossas obrigações em sociedade. Agora, que ela fala das desobrigações, é melhor ainda. É tudo tão simples, seu oitavo livro, mostra que a vida pode, sim, ser descomplicada. 

Ex-modelo em Paris, ex-colunista social, ex-hostess de boate, Danuza, aos 78 anos, tem autoridade para nos dizer o que é supérfluo. Vinte anos depois de Na Sala com Danuza, best-seller que a lançou como escritora, ela admite que mudou. Deu adeus aos saltos altíssimos, reduziu o guarda-roupa a poucas peças, abandonou o carro, se livrou da prataria inútil e vive leve e solta de frente para o mar de Ipanema. Mas de algumas coisas não abre mão, como viajar todo ano para Paris com a mala Louis Vuitton encapada de marrom, pra não sair por aí exibindo grife. E de classe executiva. "Não viajo em classe econômica, é um problema de direitos humanos, depois dos 45" - escreve ela. 

O que Danuza nos ensina é desapego. "Não perca seu tempo comprando (ou guardando) aquele vestido porque um dia vai emagrecer. Sabe quando isso vai acontecer? Provavelmente nunca, e a cada vez que olhar para aquela roupa de quando era um palito vai cair em profunda depressão". (Tenho um desses guardado que me serve como parâmetro. Vai que um dia eu consiga voltar ao que era!)

Danuza confessa que não faz parte da turma moderna. Não tem celular, não tem smartphone, não está nas redes sociais. Mas aconselha: "Dizer que não entende nada de redes sociais ou de engenhocas como iPad e iPod, que tem horror a todas essas tecnologias, não dá. Se você parou no tempo, fique muda, não confesse, jamais; eu parei mas não conto para ninguém". 

A franqueza de Danuza é fascinante! Ela revela que não hospeda ninguém ("só em caso de calamidade pública"), não vai a confraternizações familiares, não celebra o Natal, não permite que os netos a chamem de avó e não gosta de socializar. "Se puder, vá passar 15 dias em Paris sozinha e só conte na véspera, para que nenhuma amiga resolva ir também".

Não é deliciosamente libertador viver assim? Sem obrigações e sem se violentar em nome das regras e dos bons costumes? Esse despojamento costuma vir com a maturidade. Vamos, aos poucos, percebendo que a vida é muito mais interessante quando somos fiéis a nós mesmos e às nossas vontades. 

É claro que a busca da simplicidade não é necessariamente simples. Mas não custa tentar. Danuza diz que "a vida é bem mais confortável sem mentir"! E mais divertida também. É a vida como ela deveria ser.

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